domingo, 5 de dezembro de 2010

Não há lutas cómodas!!

Apesar de me obrigarem a chegar a casa às 2 da manhã...ou entramos mesmo por caminhos novos, ou enfrentamos os poderes, o económico, o político, o judicial, o das direcções sindicais e das suas "lutas com tudo no sítio menos resultados" ou a derrota será ainda mais pesada.

Não me interessa se ganham bem, se são privilegiados, se usaram métodos ilegais ou imorais. Sei que não podem ter posto em causa a vida e a segurança de alguém, porque, quem diariamente, as assegura, não os põe em causa por irresponsabilidade ou por revolta.

Não vale a pena fazer greve se esta não se destinar a ser incómoda e, se pelo caminho, isso acabar por prejudicar "inocentes", as medidas que os verdadeiros culpados vão tomando não nos retêm nos aeroportos umas horas ou uns dias...retiram-nos anos de lutas, de direitos, de trabalho. E de futuro.

A nossa luta não pode ser contra quem vende a sua força de trabalho e por ela aufere mais que nós. Tem que ser contra quem a explora, quem cria desemprego e retira direitos.
A posição traidora dos seus sindicatos e cobarde dos Partidos de Esquerda é a prova de que ou se mudam os paradigmas e são os trabalhadores que os mudam ou se esperarmos pelos burocratas, sejam eles de "Esquerda à séria" ou "de Esquerda assim-assim", o caminho será o que se tem trilhado nas últimas décadas: de derrota em derrota até à derrota final.
A repressão está aí. Os militares ocuparam as torres de controle e os controladores foram obrigados a voltar ao trabalho. Mas onde há repressão há resistência, dizem os livros...

Não me rala nada ter chegado com cinco horas de atraso...o que são 5 horas de atraso comparadas com a dignidade de quem luta?