domingo, 11 de março de 2012

Obrigado!


Para terminar o dia 11 de Março, e usando uma foto de Adelino Gomes naquele dia, apenas uma insignificante, mas sentida, homenagem aos JORNALISTAS. Aos que não venderam nem vendem a alma ao diabo, aos que não trocaram nem trocam a ética por um prato de lentilhas, se recusaram e se recusam a servir de capachos e de moços de fretes do poder económico e político.
Uma homenagem qos que tiveram força para resistir à censura fascista e que têm coluna vertebral para resistir às censuras feitas em nome da Democracia. Aos jornalistas do República, do Diário de Lisboa, do Diário Popular, da Capital, do 1º de Janeiro, do Comércio do Porto. Aos jornalistas despedidos do Diário de Noticias e do Jornal de Notícias há três anos e a todos os outros, afastados, grande parte das vezes, por serem profissionais sérios, homens inteiros e não abdicarem de ser cidadãos, usando o pretexto vil duma crise que não fizeram. Aos que estão no desemprego, impedidos de fazer o que sabem fazer: escrever notícias, fazer reportagens fotográficas, dar a conhecer mundo ao mundo. Aos precários das redações a quem o fim do contrato se tornou tão assassino como o lápis azul da PIDE. Aos estagiários a custo zero para as os donos dos Média, que ainda acreditam que com trabalho escravo podem um dia entrar num jornal a sério e à séria.
Aos anti-Crespos, de ontem, de hoje e de sempre.
Aos que resistem. Aos que tentam sobreviver. Aos que continuam a ter orgulho na profissão que escolheram, a todos esses o meu obrigado por me terem, ao longo de quatro décadas, mostrado um mundo a muitas cores.
E a minha solidariedade por hoje o mundo de tantos de vós ser tão ou mais negro do que o de outros milhares e milhares de trabalhadores.

Nós, os que acreditamos na Liberdade, continuamos a contar convosco.