Podemos ter todos os pretextos e uma boa dúzia de razões para não ir.
Podemos ter todas as razões e uma boa dúzia de pretextos para estarmos cansados, desmobilizados, desencantados, fartos.
Podemos ter todas as razões para achar que é pouco, que se está a fazer a mobilização errada, que se está a esquecer lugares e gentes que tinham que ser trazidos à luta - os desempregados, por exemplo. Aqueles e aquelas, afinal, que, por já nada terem a perder, se poderiam dar ao luxo de não se deixar condicionar pelo medo, pelo medo de perder o pão, pelo medo das represálias, das perseguições nas empresas e nos serviços que já não têm.
Podemos lamentar que nem o movimento sindical nem os Partidos de Esquerda, tenham a coragem política para avançar para a proposta de transformar o dia 29 de Setembro num dia de Greve Geral e, sobretudo, a vontade política de para ela trabalhar.
Podemos pensar tudo isso. Eu penso! Mas nada justifica que se fique em casa. Por isso, amanhã a gente vê-se!