É porque as responsabilidades de um desempregado na crise não são as mesmas dos Governos do Bloco Central que o trouxeram ao desemprego, é porque continuo a acreditar que há luta de classes e que os interesses e os problemas de um trabalhador duma fábrica que encerra não são os mesmos do patrão que a encerra nem dos Governos cujas políticas a levaram a encerrar, que este tipo de apelos não só não fazem, para mim, qualquer sentido, como não os entendo vindos de um homem que conhece os dramas da pobreza e da fome e que sabe que esses dramas têm resposáveis e que esses responsáveis não são as suas vitimas.
Por estas e por outras, continuo a pensar que é um erro passar cheques em branco. Por mais respeito que nos mereçam os "sacadores". E é, por estas e por outras, quando se continua sem saber se Sócrates apoia Alegre (e ainda não se ouviu Alegre sobre o ataque especulativo, creio eu...), quando Fernando Nobre apela à criação de uma "unidade nacional" que inclui Sócrates, que nos trouxe aqui e quando já na passada semana dizia numa entrevista que não pedia o apoio do PS (deste PS, que com o PSD e o PP nos trouxe aqui, presumo!) mas que se ele viesse seria bem vindo, que eu continuo a querer discutir Presidenciais. Não apenas nomes de candidatos, mas programas. compromissos, análises, propostas. E apoios.